Espera. Senta aí e come alguma coisa... mas não sai sem comer. Na verdade, não sai. Se espalha aí no sofá e pega o controle da TV. (Se espalha aqui no meu peito, também.) Escuta a nossa música predileta, se é que ainda temos uma. Me ajuda a lembrar dos momentos legais, toma cá essas fotos, vem colocá-las lá no quarto. Tem um tanto de roupa sua espalhada no meu guarda-roupas, dá pra você ficar por essa semana. E se não der, a gente lava. Só fica. Fica e me ajuda a arrumar o emaranhado de pontos e pontas soltas nesse abismo que se fez na gente. Daí, quem sabe, a gente não junta de novo toda a nossa vontade de fazer dar certo e parte pra cima do mundo? Primeiro, toma aqui seu café: agora coloca o leite pra mim, porque você sabe melhor que eu a quantidade que eu gosto. Passo a manteiga no pão e a gente senta no sofá, pode ser? Comece comigo, do bom-dia, do primeiro oi do dia. Te ofereço a casa, o café, a conversa e a vida.
sábado, 23 de novembro de 2013
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Da pontinha do nariz até a pontinha do pé.
Já não sou eu quem fala; é a saudade que me arranca do meu peito e me leva pra uma dimensão paralela a toda essa realidade aqui. Dos teus beijos meigos até os mesmos, porém urgentes em busca dos meus lábios. Da tua fala arrastada que é quase uma música. Dos teus cabelos embaraçados e secos, que eu gostava de puxar. Da tua boca macia, que ao pronunciar meu nome, sorri o sorriso mais lindo do mundo. Do toque dos seus dedos na minha pele, no meu cabelo e na minha alma. Da doçura que dizia o quão meu sorriso iluminava a sua vida. Dos nossos sonhos e planos de fugir daqui. De tanta coisa que me cabe lembrar e guardar pra mim.
Não sei bem por onde anda e nem se anda pensando em mim. Não sei bem se faço parte dos seus sonhos de vez em quando, como você faz parte dos meus. Não sei nem se quero esquecer o bem que você me fez, em meio a tanta coisa. Só sei que é a saudade que pulsa nas veias, que me joga pra frente, que me deixa suada, ansiosa e inconsequente. Se é amor? Sei lá...
domingo, 20 de outubro de 2013
"Meu orgulho, meu ego, minhas necessidades e meu jeito egoísta."
Um sentimento particularmente tão forte que não havia comparativos, mas, ao ser generalizado, era só mais um. Só mais uma historinha de amor-mal-resolvido que meu coração insistia em alertar que era diferente, só nosso, intenso, eterno. Que nada! Não passava de letras emboladas e declarações feitas, quase que tiradas daqueles blogs (terríveis) com mensagens prontas. Um amor que não via, ouvia... que não sentia nada. Egoísta. Um amor que era desejo - desejo de ser amor. Distraídos fomos nós, eu e meu coração, pela ousadia de imaginar que um dia você saísse do outro lado da tela ou sequer, fizesse meu celular tocar.
Porém, contudo, entretanto, todavia, foi bom. "Apesar dos pesares", foi bom. Particularmente verdadeiro. Um tudo, em tão pouco tempo. Por um segundo, foi amor: no segundo em que eu chorei e ousei me declarar, um segundo sem nenhum sinal de lucidez, sanidade ou qualquer outro atestado de normalidade mental. Pois lágrimas são, em sua maioria, sinais de dor; e até mesmo a dor já é um sentimento (puro, por sinal). Enfim, livres desse sentimento que mal é paixão. E felicidades, querido; por um segundo, meu querido.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Permito-me errar
Me pegava puxando os cabelos e lembrando de como seria se não tivesse errado tanto. Talvez seria mais infantil e daria muito menos valor às coisas. É que errar ensina de uma forma tão severa que é impossível alguém não sair com uma lição pós-erro. Sempre pensei ser madura o suficiente para lidar com qualquer tipo de situação, mas a cada dificuldade que a vida me faz passar, vejo o quanto o ser humano é fraco e perecível; todo erro que me foi permitido cometer faz com que minhas atitudes se tornem mais sólidas. Sei que ainda tenho muito o que errar e aprender, e quero fazê-lo. E cada erro é um acerto. Cada guerra é por paz. Cada sorriso é lágrima. E cada não é um sim.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Do outro lado da porta
Eu não vou mais te prender, juro. Já chega, né? Chega desse jogo doido de perseguição, até parece que somos duas crianças que não usam mais seu brinquedo favorito, porém não deixa mais ninguém pegar nele. Só que no nosso caso, o brinquedo de um é o outro. E a gente não se solta, não se larga, não se deixa pra ninguém resolver olhar; pra ninguém resolver cuidar de vez. Vai embora, mas vai agora enquanto não dói. Só tenho uma condição: que bata de uma vez essa maldita porta. Durante todas as suas idas e vindas a porta ficou encostada. Meu caro, você não sabe o prejuízo emocional que nos causa essa porta encostada. Isso te dá o direito de ir e vir quando e como quer. Ei, não vem com essa de que sempre me pertenceu, por favor. Se fosse assim, nunca teria aberto a porta pra sair da outra vez.
Tranque a porta por fora, tira essa chave de mim. Quero que esconda a chave de si, jogue-a fora, sei lá. Só não entra mais aqui pra bagunçar tudo, como sempre faz; eu tô cansada de arrumar pra nada. Se distrai, vai embora; se esconde de mim. Pra sempre. Já que não tem culpa, não tem piedade, vai. Mas não volta mais.
Tranque a porta por fora, tira essa chave de mim. Quero que esconda a chave de si, jogue-a fora, sei lá. Só não entra mais aqui pra bagunçar tudo, como sempre faz; eu tô cansada de arrumar pra nada. Se distrai, vai embora; se esconde de mim. Pra sempre. Já que não tem culpa, não tem piedade, vai. Mas não volta mais.
domingo, 25 de agosto de 2013
Não
tem quando você rói as unhas de nervoso, tem frio na barriga, sorri do nada,
pula, canta, é feliz sem motivo, se sente em paz? É, o nome disso é amor.
Sentimento esse que nos faz transbordar de felicidade. Com a gente foi assim!
Deus nos fez um para o outro, nós fazemos o encaixe perfeito, sabemos como
agradar um ao outro sem precisar de uma palavra, nos entendemos num olhar.
Nossa sintonia nos assusta as vezes. Somos um casal abençoado, e nosso
futuro é lindo. As coisas pra gente aconteceram no tempo de Deus,
tudo na hora certa. Esse amor é forte, é lindo, maravilhoso, abençoado,
infinito. É com certeza, muito mais do que paixão, não vai passar.
Enfrentaremos tudo, sem deixar de agradecer à Deus por tamanha felicidade, pois
não há nada na terra que possa abalar
esse amor, porque nossa proteção vem dos Céus. Que seja eterno enquanto
dure. E que dure para sempre.
domingo, 4 de agosto de 2013
Flagelo
Só que o teu sorriso paga tudo. A tua presença vale a pena. Eu já disse que você me faz oscilar, né? E é por isso que eu choro e passa, que eu sofro e passa: você (ou esse sentimento unilateral que um dia vai acabar me matando) me faz feliz quando tá perto. E lembro de ter lido em alguma placa de viaduto por aí, que "se te faz feliz, não deixa escapar". É por isso que ainda tô aqui; por não te deixar escapar, por viver nessa felicidade alternada de com e sem você. Mas eu não ligo, o autoflagelo é válido... a semi alegria que sua presença proporciona faz com que tudo termine bem.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Faz falta
Cê tinha um
jeito tão seu de me beijar. Parecia sem fim, eu lembro; a gente se encaixava de
uma maneira gostosa, só nossa. O toque da sua boca na minha, o arrepio que meu
corpo sentia quando seus dedos tocavam minha pele. Faz, faz falta. Cê tinha um
jeito tão seu de me ganhar, de me presentear com seus abraços e suas palavras
tão bonitas quanto a aurora. Me lembro bem, de cada coisa linda que me disse,
das (nossas) lágrimas derramadas em meio as palavras. E olha, faz falta.
E mesmo
distante, eu até que gosto desse jeito tão seu de me fazer lembrar. Lembrar de
tudo o que foi bom e a cada vez diferente. Eu te amo, amo mesmo. E eu preciso
de você. Porque me faz falta, muita falta tudo aquilo que desse jeito tão seu,
foi meu.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Deixa doer
Deixa doer. Deixa chorar até sarar. Vive, vive esse luto. Cansa. Cansa de gritar quando estiver só; isso, grita mesmo. Joga pra fora toda essa sua raiva e dor e amor. O mundo nunca mais vai ser o mesmo, eu sei. Sei que tudo aquilo que já foi vivido vai passar na sua mente o tempo todo. Mas olha, é só na sua: não pensa que ela vai lembrar daquilo tudo, não. Foi ela quem colocou o ponto final. Não, não aceite vírgulas, não aceite ser o outro, não aceite migalhas porque o que você tem pra dar é muito, muito mais que isso. Ora, ora que melhora, reconheça Deus como o melhor amigo que ele sempre foi. Eu sei que vai doer. Eu sei que não vai voltar, não vai melhorar tão cedo e você nem vai ter coragem de falar isso pros outros. Faz o que o coração mandar; mas não, não volta enquanto não houver motivos além do amor pra voltar, pois foi com esse mesmo amor aí que você ficou sozinho daquela vez. Filtra, deixa o ruim sair inteiro. Foca, sua mente vazia não vai deixá-la partir. Deixa doer. Deixa partir. Deixa chorar. Deixa curar. O tempo não cura, mas ei... Deus vai mandar chuva boa pra poder baixar poeira, além do sol, pra fazer do terreno do seu coração um lugar onde as sementes escolham brotar.
domingo, 7 de julho de 2013
Initerrupto
Hoje, você já
não pensa mais em mim. Não com toda aquela vontade de me ter em seus
pensamentos, muito menos em sua realidade. As coisas por aí, por dentro de você,
não tem mais a originalidade do “nós dois” nem nada; mudaram tanto que até seus
amigos te perguntam se anda tudo bem. É, cê mudou e eu ainda não sei dizer se
foi pra melhor, não. Mas se tiver tudo bem consigo mesmo, ta tudo bem com o
mundo.
Só que tenho
que dizer algumas coisas. Como por exemplo, que eu não parei de pensar em você,
nem de te desejar por perto (perto demais) e muito menos da minha realidade ser
um sonho de “nós dois”. Acho que posso te falar também que o meu amor nunca se
transformará em um costume ou coisa assim. E que é amor (de verdade, daqueles
que sacrifica a felicidade só pra arrancar um sorriso seu, só porque não há
alimento maior pra alma) o que sinto aqui.
Vale lembrar que cada
mudança sua é sentida fortemente aqui dentro. E dói muito ver que a cada
transformar, eu vou ficando insignificante pra você. Mas o meu sentimento não
parou, e parece que vai continuar assim, grande, forte, puro e persistente; até
quando mudarem as circunstâncias.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Mesmo sem tocar, toca a alma.
Agora ela acredita que as coisas sempre acontecem por um motivo. Um motivo desconhecido, na verdade. Mas sempre acontecem. E ainda não sabe porque foi que aconteceu e acabou virando seu dia. Ao se lembrar sorri e sonha, como se voltar no tempo fosse algo possível. Resumiu aquele amor ao nome dele escrito em sua palheta: intocável, sensível, guardado num canto pessoalmente sagrado, que é pra não estragar, não desgastar, mas pra ser sempre visto, contemplado. Teve que aprender com os erros, sim; porque o nome dele já está se apagando, naquela palheta, de tanto mexer, de tanto tocar, com suas mãos impuras o doce presente.
Ele sempre será seu sonho bom, seu ponto de paz e a única pessoa capaz de se importar com ela, sem esperar nada em troca. Por mais que seja chamada de 'a mesma bobinha', por não saber se as mudanças que ele sofreu foram boas ou ruins ela sempre encontrará nele (nas lembranças dele) uma segurança e uma esperança.
Ele a abastece de emoções e ela, pra ele? Quem é que vai um dia saber? ...
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Lado a lado
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Me ama
Já que eu tô fazendo tudo errado, vem aqui, me pega pelo braço e me coloca no caminho. Me ensina a te beijar e te abraçar do jeito que você gosta. Me ensina tudo sobre você de novo, que é pra eu aprender de vez e não mais pecar nestes pontos cruciais. Quando eu chorar, seca. Quando eu cair, me apoia. Não se humilha, não. Mas não me deixa só. Eu tô doida pra me apaixonar de novo por você, pra desejar te sentir tão perto de mim e ainda assim sentir saudade. Cola teu rosto no meu, que eu colo minha alma na tua. Vem me ensinar a ser sua, porque você já sabe ser meu... mas faz quando quer. Eu só quero nós dois, pra sempre, como a gente prometeu. Me ama, me mostra que sou importante, não apenas especial. Sei que sou problema, mas você me resolve tão fácil. Quando a gente quer, dá certo, lembra? Vem e deixa eu te mostrar que vale a pena deixar seu mundo por um pouco de paz aqui comigo. Não mascara o que eu sei que você sente por mim. Junto a mim vai ser mais fácil encarar o que quer que seja. Chega de desculpas e vem me fazer apaixonar.
Conselho de amigo
Se você a ama, corre. Corre porque o tempo é curto e castiga se não correr. Você pode perdê-la por questão de segundos. Não que ela não tenha amor por você, mas pelo tempo tê-la vencido pelo cansaço. Esquece o que o passado fez com vocês, isso já não pode mais ser mudado. Olha pro futuro, amigo; lá está o amor de vocês, prosperando. Claro, se fizerem tudo certo agora, primeiro. Eu confio em vocês e na capacidade que tem de dar certo juntos. Porque eu sei, amigo, que as coisas param de dar errado pra você quando ela tá por perto, você já me disse. Não tenha medo de terceiras pessoas. Quer dizer, esqueça as outras pessoas - mesmo que por um instante, só pra vocês se acertarem - e mostra pra ela que sem você ela também não dá certo e que é também por isso que vocês se completam. Na verdade, vocês se completam por todos os motivos cabíveis e incabíveis. Faz ela correr também, mas não atrás de você, do seu lado. Passa segurança pra ela. Ela ama se sentir segura nos teus braços, me contou. Ela ama tanto em você... por isso, vai lá onde ela tá e diz pra ela que sem ela você pára, que sem ela as letras de músicas românticas não fazem sentido porque não tem em quem pensar, diz pra ela que todas as vezes em que você disse que sentiu ódio dela, era só por excesso de amor. Ela tá louca pra ouvir tudo isso de você, pois também tem coisas absurdamente inacreditáveis pra te contar (ela quer se declarar como nunca fez, eu sei!). Para de dar pra trás, de olhar pra trás, porque ela tá doida pra escrever, construir sonhos novos contigo, amigo.
terça-feira, 7 de maio de 2013
Fica
Vem. Vem, mas fica. Aqui não tá mais tão bagunçado como quando você deixou da outra vez, então respeita os limites. Mas não respeita tanto... eu sempre gostei desse teu jeito meio torto de ser. Na verdade eu sempre gostei de você e de tudo o que esse teu jeito torto me traz. Fica, não vai. Cê sabe que quando isso acontece, dói muito. É que eu sinto saudade do cheiro forte do teu perfume inconfundível em mim e, tudo o que eu mais quero é dormir com esse cheiro toda noite, mesmo que seja só na minha blusa. É obsessão, eu sei; mas é amor também. Só isso explica o inexplicável mistério dessa necessidade toda de você. Não diz que eu tô errada por querer demais você, a culpa é sua. Eu não pedi pra ser enfeitiçada por você, muito menos pra que permanecesse em minha vida. Mas permaneceu, e ocupa um lugar absurdo aqui em mim. Fica, deixa eu sentir o seu beijo no meu, seu abraço no meu, o seu corpo no meu. Fica, em nome do que eu te faço sentir, mesmo que por momentos. Não custa nada estar aqui, você nem ia fazer nada agora mesmo...
domingo, 5 de maio de 2013
Verdade
Inclinou a cabeça no banco do carro e parou pra pensar. Em meio aos pensamentos, viu que o que mais fazia falta era o passado que deixou pra trás, por vontade de viver coisas novas. As experiências não foram tão boas quanto o esperado. Sorriu inconscientemente... e se pegou sorrindo, só pra rir do próprio sorriso depois. Ela era linda, mas andava com uma feiura desconhecida no olhar. Eu conhecia essa 'feiura' de longe, se chamava tristeza, que vinha da saudade. Saudade de estar perto, saudade de sentir falta, de fazer falta. Saudade daquilo que a fazia vibrar de verdade. Saudade daquilo que trazia a emoção, daquilo que tocava a pele. Não que todo aquele outro sentimento tenha sido uma mentira, mas é que ela realmente precisava de uma injeção de verdade nas veias, só pra fazer com que voltasse pra realidade.
Por achar que nada era como queria, decidiu mudar e fazer de acordo com sua vontade. Mudou, mas mudou pra ver o que fazia falta, pra sentir na pele o que não dizia mais sentir. E sentiu. Nunca a vi sorrir por sentir dor, nunca a vi sorrir por sentir saudade, apenas ali naquela hora... e que sorriso lindo, sem toda aquela feiura impressa. Decidiu se perdoar e a partir dali viver com sua verdade: sem finais felizes, sem conquistas fáceis. Mas com a batalha interna fascinante de descobrir em si o brilho e o sentido das decisões mal tomadas, as reações das suas ações. E por mais clichê que pareça, é necessário ver de longe pra querer por perto.
Por achar que nada era como queria, decidiu mudar e fazer de acordo com sua vontade. Mudou, mas mudou pra ver o que fazia falta, pra sentir na pele o que não dizia mais sentir. E sentiu. Nunca a vi sorrir por sentir dor, nunca a vi sorrir por sentir saudade, apenas ali naquela hora... e que sorriso lindo, sem toda aquela feiura impressa. Decidiu se perdoar e a partir dali viver com sua verdade: sem finais felizes, sem conquistas fáceis. Mas com a batalha interna fascinante de descobrir em si o brilho e o sentido das decisões mal tomadas, as reações das suas ações. E por mais clichê que pareça, é necessário ver de longe pra querer por perto.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Nunca
Disse que ficava pra falar um pouco mais comigo, pra ficar um pouco mais comigo. Demorava pra responder e quase nunca pedia desculpa. Eu sempre desculpei, vai ver era esse o motivo da falta de costume pra pedir desculpa. Vai ver, também era por isso que não tinha o costume de me dizer "eu te amo". Eu não pedia, eu não cobrava — nem sei se posso cobrar amor de alguém — e por isso, não tinha. Depois do tempo eu percebi que não tinha porque nunca foi meu (nem eu era minha). Doeu, corroeu, corrompeu. Senti mas sobrevivi. E continuei. Continuei perdendo e fingindo ter ganho. Continuei errando e acreditando que era acerto. Você nunca foi meu. Eu nunca fui sua. A gente só é da gente mesmo. De mais ninguém. Não adianta negar, não adianta adicionar reticências. É comum do ser: nascer e morrer só.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Memórias
Seu jeito engraçado e descontraído. A maneira que você só quer que todos os seus dias terminem bem. Seu humor de duplo sentido. As coisas sem sentido que você fala e me mata de rir. O timbre da sua voz. O seu sotaque. As músicas que te trazem para perto de mim. Os apelidos. As promessas. As piadas, mesmo não sendo piadas. As madrugadas. Quantas horas de ligação? Se lembra de quando passei mal, chorei e perdi o ar? Se lembra que horas foi aquilo? 3 da manhã; 4 horas eu melhorei, quem ainda estava lá? Você. Somente às 6 da manhã você se foi... e nem queria ir. Companheirismo, atitude, coragem, segurança, força, determinação, amizade, humor: você. É claro que eu me importo. É claro que eu não demonstro. É claro que eu finjo que não é comigo. Eu nunca quis me apegar, eu já te disse isso. A gente não manda na gente. Que seja, agora. Mas só mais uma coisa: obrigada, muito obrigada.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Sem pensar
Te peço perdão pelas coisas que ando fazendo. É, eu sei que faço tudo errado e que você não precisa se desculpar. Mas faço sem maldade, sem pensar. Parece desculpa esfarrapada, eu sei. Porém é a mais pura verdade: me acostumei com a liberdade de poder ir e vir. Não que essa ideia de ser só sua me soe mal (muito pelo contrário). É que quando as coisas não são comandadas por nós, fica impossível manter o controle. Mas eu te amo. Mas eu preciso de você. Mas eu não quero que você vá. Mas eu tenho que fazer direito... e vou. Vou reparar esses erros, vou trazer aquela nossa paz de volta, por amor. Pelo nosso bem.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Saudade de quando nada importava. É, sinto falta de quando nos dávamos de corpo e alma um para o outro. Sinto falta de quando não precisava lhe contar que era teu, e sabia que eras minha. Me lembro bem, dum passado não tão distante: pouco nos importava de quem era a culpa, e um beijo seu me resolvia tudo. O nosso amor ainda era virgem, o mundo ainda não tinha nos tirado a pureza e aberto um buraco na gente. Mas agora está tudo tão diferente! Nossas brigas começam num beijo, apontar-me os erros é de grande importância, descobrir quem errou é o ponto principal, viver nossos momentos não importa mais.
Você, minha pequena, que tanto me alimentou no sonho de amar, hoje me faz chorar, esperar no abismo escuro dos sonhos, em vão. Você, minha pequena, que me fez acreditar em almas gêmeas, hoje destrói minh'alma vazia e sozinha, com desilusão. É impossível contar-te quão grande é a dor que trago no peito; porém é tão fácil chorar, lembrar-te de quando nada importava, de quando éramos felizes...
Kettlen Núbia
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Independência: palavra de grande importância na vida das pessoas da minha idade. Uma incógnita, cheia de especulações sobre o 'futuro' e o que ele pode trazer; um amor, um bom emprego, a faculdade, a felicidade, quem é que vai ser amigo de verdade. Quando deito para dormir, meus pensamentos se concentram nesse futuro desenhado a lápis... que só eu posso mudar ou passar a caneta. É que eu me imagino completa. Sei que não posso ser, sei que sempre vai faltar algo ou alguém, mas eu quero um bom emprego, um marido, um casal de filhos, um labrador e uma casa com cercado branco e gramado verdinho. Eu posso buscar, eu posso correr atrás. Independência, a mudança da vida de todo jovem.
Kettlen Núbia
terça-feira, 9 de abril de 2013
Nós podemos fazer tudo isso durar para sempre. Nós podemos mostrar ao mundo que nos pertencemos. Podemos provar para nós mesmos que esse amor só cresce com as dificuldades. Temos uma ligação que como eu já disse, vai além de toda essa materialidade aqui. Que fique claro que foi você quem me salvou (de tudo, até de mim mesma), mas o que sinto não é gratidão; é amor. O mais forte, mais sincero e mais irresistível que já vi entre duas pessoas. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Nem um dicionário inteiro seria capaz de explicar esse sentimento. Obrigada, meu anjo, por existir - por prometer estar aqui para sempre.
Kettlen Núbia
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
nós éramos um do outro, só fizemos tudo errado. e eu sei que vou morrer de saudade, porque ninguém vai ser como você foi. e eu não quero que seja. você teve o poder de ser único e marcar a minha vida. cada pedaço desse meu coração te pertence. cada pedaço desse meu corpo te pertence. ninguém vai saber me acolher num abraço, ninguém vai me beijar pra me tirar do chão. eu não conseguia pensar em muita coisa além de você quando estava por perto, porque do seu lado eu me sentia realizada. você conseguiu ser quem eu sempre sonhei dentro desses anos que passamos juntos. parte de mim acha que você morreu, pois não consigo te olhar e enxergar meu verdadeiro amor em seus olhos, porém todo mundo muda e tenho que me acostumar. mas é que ninguém foi como você. e pra mim a palavra "amor" já tem a sua cara. sei que não vou esquecer, mas pra parar de associar você a cada respiração minha vai demorar muito. afinal, cada pedaço de mim traz um pouco - um pouco bem grande - de você. cada lugar diferente que eu já vi, estava com você. estivemos juntos em todos os shoppings da cidade, pipoca já tem sua cara, chocolate também, afinal quem é que vez ou outra me trazia uma barra inteira do meu chocolate predileto, e só fazia questão de 4 quadradinhos? você, você, você. quem é que não podia ver coisas engraçadas na rua que me ligava? quem é que tinha o poder único de aquecer meu joelho e cessar minha dor? quem é que me trazia remédios e conversava comigo até de madrugada quando eu tava doente e sem sono? quem é que me marcava em todas as publicações no facebook? quem é que adorava tirar fotos beijando o meu rosto? quem amava fazer massagem no meu pé depois que eu passava o dia arrumando a casa? quem é que dizia "meu bem, cuidado", "meu bem, se cuida" e "eu te avisei"? quem me dava apelidos totalmente loucos e improvisados quando atendia o telefone? quem é que me dava o peito pra dormir e ainda me fazia cafuné pra que eu dormisse mais rápido? era você. você, pra todas as perguntas. as lágrimas que agora escorrem pelo meu rosto não são nem metade da dor que sinto, no corpo e na alma. e por mais que elas estejam caindo, eu não vou parar. porque tenho muita coisa pra te falar. eu te amo e quero estar com você quando conquistar a sua casa, quando fizer sua faculdade, quero que esteja do meu lado quando eu me formar, quando eu adquirir a minha independência. eu quero ser você e quero que seja eu. quero passar contigo por todas as outras barras que você precisar enfrentar, porque eu sei que você também precisa de mim. com quem é que eu vou conversar de madrugada? parece sim que você morreu e eu não tenho mais motivos pra viver. preciso de você, porque é só você quem me faz sorrir e seca as minhas lágrimas. mesmo que pra isso tenhamos que recomeçar do zero. porque tudo o que eu mais quero é poder contar contigo de novo, pra que a minha vida volte a fazer sentido. eu amo você, e sinto saudade. resumindo, era isso o que eu precisava dizer.
Você veio até aqui e bagunçou tudo. Mexeu lá dentro do meu coração e usou toda a minha carência a seu favor. Falou bonito, falou direito e ganhou meu coração, meu corpo, minha alma, minha confiança e me prometeu que estaria aqui pra sempre, sendo meu amigo e acima de tudo, meu amor. Tudo bem, eu me entreguei de coração pra você. Por muito tempo vivi um conto de fadas porém nem tudo são flores. Os problemas vieram e a paciência se foi. Só o amor de um filho por sua mãe sobrevive a tantos gritos, desentendimentos, desencontros e tanta individualidade. Mas eu quis provar pro mundo que você era o melhor pra mim e fiquei calada diante de tanta injustiça vinda da sua parte. Não, não sou santa. Nunca fui santa. Gritei, chorei, fui grossa, fui injusta, não quis te ouvir, joguei coisas na sua cara. Mas não menti e jamais abandonei você. Eu nunca desisti de nós, querido, disso eu tenho certeza. Fica aqui a minha dúvida: devo acreditar em amor novamente, ou foi só com você que deu errado? Te amei com o meu ser, enquanto isso, vivi de coadjuvante na sua vida. Obrigada, porque decepções também fazem parte do ciclo da vida.
Kettlen Núbia
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
"Desesperar também não vou."
Um dia uma amiga minha havia me dito, "você tem que viver o luto". Concordei e segui. Uma semana inteira se passou e não consegui vivê-lo, porque nada parecia tão real assim. Hoje, de volta em casa, mal consigo entrar no meu quarto. É tudo muito dolorido, e minha maior vontade é gritar e chorar. É impossível não lembrar dele em cada espaço dessa casa. Essa é a primeira vez que escrevo depois do último e verdadeiro adeus. E sinto que posso escrever mil páginas e não vai ser como das outras vezes, eu não vou estar arrancando a dor do peito com as palavras. Mas tenho que "viver o luto". Acontece que tá muito difícil e parece que tudo me direciona a essa dor, que chega a ser física. Porém, o que vou fazer? Sair correndo, desesperada e ir bater na sua porta pra ver que você não está lá?! Te ligar milhões de vezes e você não atender? Não. Não espere isso de mim. Por que não farei isso? Porque você fez por não merecer nem uma migalha do meu sofrimento. Sentimento confuso, esse meu. É como havia escrito num pedaço de papel: "O que sinto por você agora? Ódio. Mas depois que já escrevi, agora sinto amor. E agora, ódio de mim por sentir tanto amor assim."
Eu não vou parar de te amar de um dia pro outro - na verdade eu não quero parar de te amar, caramba! - mas esse amor irá secar se não for regado por você regularmente. Não vou enlouquecer. Não vou desesperar. Tudo tem o seu tempo, e eu sei que o que existe em nós dois foi feito pra durar. Eu te amo. Mas posso guardar esse amor e seguir a minha triste vida.
Eu não vou parar de te amar de um dia pro outro - na verdade eu não quero parar de te amar, caramba! - mas esse amor irá secar se não for regado por você regularmente. Não vou enlouquecer. Não vou desesperar. Tudo tem o seu tempo, e eu sei que o que existe em nós dois foi feito pra durar. Eu te amo. Mas posso guardar esse amor e seguir a minha triste vida.
Kettlen Núbia
Assinar:
Comentários (Atom)