Já não sou eu quem fala; é a saudade que me arranca do meu peito e me leva pra uma dimensão paralela a toda essa realidade aqui. Dos teus beijos meigos até os mesmos, porém urgentes em busca dos meus lábios. Da tua fala arrastada que é quase uma música. Dos teus cabelos embaraçados e secos, que eu gostava de puxar. Da tua boca macia, que ao pronunciar meu nome, sorri o sorriso mais lindo do mundo. Do toque dos seus dedos na minha pele, no meu cabelo e na minha alma. Da doçura que dizia o quão meu sorriso iluminava a sua vida. Dos nossos sonhos e planos de fugir daqui. De tanta coisa que me cabe lembrar e guardar pra mim.
Não sei bem por onde anda e nem se anda pensando em mim. Não sei bem se faço parte dos seus sonhos de vez em quando, como você faz parte dos meus. Não sei nem se quero esquecer o bem que você me fez, em meio a tanta coisa. Só sei que é a saudade que pulsa nas veias, que me joga pra frente, que me deixa suada, ansiosa e inconsequente. Se é amor? Sei lá...
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