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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Do outro lado da porta

Eu não vou mais te prender, juro. Já chega, né? Chega desse jogo doido de perseguição, até parece que somos duas crianças que não usam mais seu brinquedo favorito, porém não deixa mais ninguém pegar nele. Só que no nosso caso, o brinquedo de um é o outro. E a gente não se solta, não se larga, não se deixa pra ninguém resolver olhar; pra ninguém resolver cuidar de vez. Vai embora, mas vai agora enquanto não dói. Só tenho uma condição: que bata de uma vez essa maldita porta. Durante todas as suas idas e vindas a porta ficou encostada. Meu caro, você não sabe o prejuízo emocional que nos causa essa porta encostada. Isso te dá o direito de ir e vir quando e como quer. Ei, não vem com essa de que sempre me pertenceu, por favor. Se fosse assim, nunca teria aberto a porta pra sair da outra vez. 
Tranque a porta por fora, tira essa chave de mim. Quero que esconda a chave de si, jogue-a fora, sei lá. Só não entra mais aqui pra bagunçar tudo, como sempre faz; eu tô cansada de arrumar pra nada. Se distrai, vai embora; se esconde de mim. Pra sempre. Já que não tem culpa, não tem piedade, vai. Mas não volta mais.

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