E então, aquelas esperanças caem num vão. Mas nem com todo o esforço, minha mão não alcança; eu suo, eu tento trazê-las pelas pontas dos dedos... e nada. Só depois me vejo sentada num canto chorando, e não é por ter te visto caminhar para longe, mas sim, por ter ficado aqui, nesse mesmo lugar, ainda tentando te fazer ficar. Com um turbilhão no peito que desce por entre os olhos, tento me refazer e levanto da solidão que, por muito, foi regada à única droga que me entorpecia: você. Ainda não sei por onde, nem se começo; do zero, do meio, ou de quando eu acordei e resolvi deixar-te para trás. No fundo, ainda, me resta uma vontade de continuar - e não recomeçar - mas, por favor, sou feita de carne e osso e não posso ser impecável.
Dizem que quando vemos uma esperança, jogar açúcar traz coisas boas para a vida. E no nosso caso não foi diferente: eu te açucarei, te cuidei, te pensei e o meu erro foi acreditar que encher você de amor e açúcar traria bons sentimentos, quando na verdade, toda aquela história só serviu pra te afastar de mim.
Por fim, cá estamos: eu, você e a esperança, morta. Já não há mais motivos para se preocupar. Já não há mais algo que nos una. Do amor, da esperança e de nós dois, só restou ahistória.

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