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domingo, 27 de janeiro de 2013

"Desesperar também não vou."

     Um dia uma amiga minha havia me dito, "você tem que viver o luto". Concordei e segui. Uma semana inteira se passou e não consegui vivê-lo, porque nada parecia tão real assim. Hoje, de volta em casa, mal consigo entrar no meu quarto. É tudo muito dolorido, e minha maior vontade é gritar e chorar. É impossível não lembrar dele em cada espaço dessa casa. Essa é a primeira vez que escrevo depois do último e verdadeiro adeus. E sinto que posso escrever mil páginas e não vai ser como das outras vezes, eu não vou estar arrancando a dor do peito com as palavras. Mas tenho que "viver o luto". Acontece que tá muito difícil e parece que tudo me direciona a essa dor, que chega a ser física. Porém, o que vou fazer? Sair correndo, desesperada e ir bater na sua porta pra ver que você não está lá?! Te ligar milhões de vezes e você não atender? Não. Não espere isso de mim. Por que não farei isso? Porque você fez por não merecer nem uma migalha do meu sofrimento. Sentimento confuso, esse meu. É como havia escrito num pedaço de papel: "O que sinto por você agora? Ódio. Mas depois que já escrevi, agora sinto amor. E agora, ódio de mim por sentir tanto amor assim." 
     Eu não vou parar de te amar de um dia pro outro - na verdade eu não quero parar de te amar, caramba! - mas esse amor irá secar se não for regado por você regularmente. Não vou enlouquecer. Não vou desesperar. Tudo tem o seu tempo, e eu sei que o que existe em nós dois foi feito pra durar. Eu te amo. Mas posso guardar esse amor e seguir a minha triste vida.
Kettlen Núbia