Não sinto mais nada, tô morta de alma, não tenho vontade, não quero sorrir. Vivo mesmo por necessidade, pra matar vontades, pra que riam de mim. Vivo pra inventar amores, pra curar as dores, exterminar ilusões e a acalentar os corações. Vivo de esperanças, de sorrisos alheios, de futuros “por quês”. É, eu vivo pras pessoas, pra lhes dar algum tipo de orgulho. Mas estou em decadência. Caindo em velocidade estranha e alta; numa rapidez tão grande que é quase impossível me salvar. Pro mundo é mais fácil ver outra caindo, ninguém vai perder tempo com uma perdedora.
Kettlen Núbia